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Ao se exercitar na academia ou fazer compras no supermercado, você provavelmente já viu uma caixa presa na parede com um símbolo em forma de coração e um raio.
É um DEA, ou desfibrilador externo automático, e esse pequeno dispositivo desempenha um papel importante em ajudar a salvar vidas de pessoas em parada cardíaca. A Sociedade Brasileira de Cardiologia estima que são mais de 1100 mortes por dia, cerca de 46 por hora, 1 morte a cada 1,5 minutos (90 segundos). As doenças cardiovasculares causam o dobro de mortes que aquelas devidas a todos os tipos de câncer juntos, 2,3 vezes mais que as todas as causas externas (acidentes e violência), 3 vezes mais que as doenças respiratórias e 6,5 vezes mais que todas as infecções incluindo a AIDS.
Um caso recente e bastante divulgado envolveu Christian Eriksen, um meio-campista da seleção dinamarquesa de futebol que desmaiou no campo e sofreu uma parada cardíaca durante uma partida da Euro 2020 contra a Finlândia em junho.
O médico da equipe disse que Eriksen, 29, “se foi” antes de ser ressuscitado com a ajuda de RCP e um desfibrilador. “Nós o trouxemos de volta depois de um desfibrilador”, disse o Dr. Morten Boesen à NBC News na época. “Isso é bem rápido.”
Eriksen, 29, foi tratado no campo por cerca de 10 minutos, cercado por seus companheiros de equipe, antes de ser carregado para fora do campo em uma maca e levado para o hospital. Após sua recuperação, as vendas de DEAs dispararam, pois mais pessoas ficaram cientes dos benefícios e de sua capacidade de salvar vidas.
Um desfibrilador externo automático é um dispositivo portátil que fornece energia elétrica a alguém que está sofrendo uma parada cardíaca para que seu coração volte ao ritmo normal.
Os DEAs são projetados para serem fáceis de usar pelas pessoas. O treinamento é frequentemente incluído em aulas de primeiros socorros, suporte básico de vida (BLS) e ressuscitação cardiopulmonar (RCP).
Uma versão portátil do desfibrilador foi desenvolvida na década de 1960, e os DEAs se tornaram cada vez mais populares e mais prontamente disponíveis. Você pode encontrá-los frequentemente em academias, escolas, aeroportos, shopping centers, prédios governamentais e outros locais públicos.
Os desfibriladores são mais eficazes para pessoas que sofrem de taquicardia ventricular ou fibrilação ventricular com risco de vida.
Taquicardia ventricular ocorre quando o coração bate rápido demais para bombear sangue efetivamente. Isso pode levar à fibrilação ventricular, quando a atividade elétrica do coração se torna caótica.
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Obter ajuda o mais rápido possível é essencial para a sobrevivência. Após cerca de três a cinco minutos de parada cardíaca, podem ocorrer danos cerebrais irreversíveis e morte.
A cada minuto que passa, as chances de sobrevivência diminuem. Alguns minutos podem ser a diferença entre a vida e a morte. Após cerca de 10 minutos, o paciente provavelmente não sobreviverá. É por isso que os DEAs são tão importantes para ajudar alguém em perigo até que os primeiros socorristas cheguem.
Mesmo que você esteja usando um DEA para ajudar alguém, o 192 ainda deve ser chamado imediatamente para que socorristas treinados possam chegar lá rapidamente.
